domingo, 9 de dezembro de 2012

Exposição Impressionismo: Paris e a Modernidade

Exposição Impressionismo: Paris e a Modernidade

 
Inaugurada, no Rio de Janeiro, a mostra que exibe parte do acervo do Museu d’Orsay, de Paris
 
Foi inaugurada ontem (22), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro, a exposição Impressionismo: Paris e a Modernidade, com obras-primas do Museu d’Orsay, de Paris, que pela primeira vez exibe parte de seu acervo na América do Sul. A mostra reúne 85 obras dos mestres impressionistas, estilo de pintura que abrange o período de meados do século XIX ao início do século XX.
Realizada com apoio do Ministério da Cultura (MinC), por meio da Lei Rouanet, a exposição atraiu 320 mil pessoas em São Paulo, com longas filas e espera de quatro a cinco horas. No Rio, onde o espaço do CCBB é mais amplo do que na capital paulista, a expectativa é de um público bem maior, principalmente no final do ano, quando a cidade recebe milhares de turistas para o Réveillon. A mostra ficará aberta de hoje (23/10) até 13 de janeiro de 2013 e a entrada é franca.
Participaram da cerimônia de abertura o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura do MinC, Henilton Menezes; o presidente do Museu d ‘Orsay, Guy Cogeval; o diretor-geral do Instituto de Cultura da Fundação Mapfre, Pablo Jiménez Burillo; o vice-presidente de governo do Banco do Brasil, César Borges; e o governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Também estiveram presentes a secretária de Cultura do Estado, Adriana Rattes; o vice-prefeito do Rio, Carlos Alberto Muniz; o cônsul da França no Rio, Jean-Claude Moyret; a coordenadora da exposição, Maria Ignez Mantovani; o chefe da Representação Regional do MinC, Marcelo Velloso; e as atrizes Fernanda Montenegro e Beth Goulart (apresentadora da cerimônia).

A exposição
A mostra reúne 85 obras dos mestres Claude Monet, Édouard Manet, Auguste Renoir, Paul Gauguin, Edgard Degas, Toulouse-Lautrec, Camille Pissaro, Vincent Van Gogh e Paul Cézanne, entre outros. A coordenadora da exposição, Maria Ignez Mantovani, estava feliz com o resultado do trabalho: “É uma coisa linda que o país tenha condições de receber um projeto desta excelência, com esta qualidade e amplo acesso popular”. Além do apoio do MinC, o evento conta com o patrocínio do Banco do Brasil e da seguradora Mapfre.



O impressionismo, que rompeu com o padrão realista na pintura, surgiu em meados do século XIX. Nesta época, a nova Paris, reformada segundo plano do Barão Von Haussmann, com amplos boulevares e espaços públicos, era o centro da vida cultural europeia. O novo espaço urbano atraiu a atenção dos pintores que nele encontraram diversos temas de inspiração, dando ênfase à luz e ao movimento.
A exposição se divide em vários módulos, que refletem este clima: Paris, cidade moderna; A vida parisiense e seus atores; Paris é uma festa; Fugir da cidade (que destaca a vida no campo nos arredores); A vida silenciosa (com telas intimistas, algumas com inspiração japonesa, egípcia ou medieval); e Convite à viagem ( com obras de Gauguin e seus discípulos, inspiradas na Bretanha) e, finalmente, Convite à viagem – O ateliê do Sul (que retrata a região do Sul da França).
O quadro central da exposição é ‘Tocador de Pífano’, de Édouard Manet. Além dele o espectador também poderá apreciar obras-primas como o ‘Lago das Ninfeias–Harmonia Verde’, de Monet; ‘O Banho’, de Alfred Stevens; ‘Jeunes filles au piano’, de Renoir; ‘Dançarinas subindo uma escada’, de Edgard Degas; ‘Colheita Dourada ou As medas amarelas’, de Gauguin; ‘Rochedo perto das grutas acima de Château Noir’, de Cézanne; e ‘La salle de danse à Arles’, de Van Gogh. A lista é longa e o visitante precisa de tempo para apreciar com calma as obras.
O museu d’Orsay é um dos mais importantes da França e seu acervo chega a 154 mil obras. Já o Brasil foi colocado pela publicação americana The Art Newspaper no ranking de países com as exposições mais visitadas do mundo em 2011. O país emplacou três na lista das dez mostras mais procuradas naquele ano. A primeira do ranking foi O Mundo Mágico de Escher, que atraiu mais de 570 mil pessoas ao CCBB do Rio de Janeiro. A expectativa é de que os impressionistas franceses ultrapassem esta marca nesta temporada.
(Texto: Heloisa Oliveira, Representação Regional RJ/ES/MinC)
(Fotos: Raphael Reis)

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