Por Raphael Reis (Mestrando em Educação pela UFJF)
É comum mencionarmos que
o Brasil não é um país de leitores. Isso é uma afirmativa verdadeira e falsa ao
mesmo tempo. Falsa, porque a leitura, juntamente com as novas tecnologias
(celular, facebook e computador, principalmente) vem aumentando tanto a leitura
como a escrita. Porém, por outro lado, sabemos que não é este tipo de leitura
que desejamos. Desejamos que as pessoas possam ampliar seus horizontes de
leitura, ampliação esta que perpassa pela leitura de livros e de seus vários
gêneros, de jornais e revistas (impressos ou digitais).
No Brasil, devido a
dificuldades históricas como, por exemplo, a instalação de um mercado editorial
e, principalmente, de uma rede de educação pública tardia, foram grandes
obstáculos para uma cultura que desenvolvesse tanto a leitura como a escrita, o
que fez com que, em pleno o século XXI, termos ainda um índice de 9 milhões de
analfabetos absolutos! Assim o brasileiro desenvolveu uma cultura pelo audiovisual (não é a toa encontramos sucessos musicais que balbuciam algumas palavras
e de novelas que dizem nada com nada com coisa alguma). Aliás, 85% da população brasileira preferem a TV como entretenimento principal (ver a Pesquisa Retratos da Leitura, 3ª edição).
Visto as reflexões acima, de
maneira sucinta, mas que já foram explanadas em outras postagens em nossa
coluna mensal na Revista Encontro Literário, aproveito o ensejo de um novo ciclo que começa a
amanhã, no intuito também de que este seja um espaço de pensarmos em novos desafios para leitura, seja
ela do ponto de vista das políticas públicas, comunitário ou pessoal. Assim,
podemos pensar: o que eu posso fazer para ajudar a estimular a leitura em meu
bairro, comunidade ou cidade? Eu, enquanto leitor, quais leituras posso fazer
para ampliar o meu horizonte de fabulação, fantasia e conhecimento, entre outras coisas?
Por fim, reforço aqui as
dicas de leitura que a Revista Encontro Literário indicou ao longo do ano de 2012
e que, sem dúvida, podem ser um bom ponto de partida e caminhada!
Feliz 2013 para todos os
leitores e não leitores da Revista! Que seja um ano de muitas coisas boas!
A Dama do Cachorrinho, de Tchekhov
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O Ruba’iyat, de Omar Khayyam
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A Metamorfose, de Kafka
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Bartleby: o escrivão, de Herman Melville
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Vaga Música, de Cecília Meireles
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O Cão dos Baskervilles, de Sir. Conan Doyle
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Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector
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Insônia, de Graciliano Ramos
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O Estrangeiro, de Albert Camus
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Canto Geral, de Pablo Neruda.
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