quarta-feira, 20 de março de 2013

Dica de Leitura: A Tempestade, de William Shakespeare

A obra A Tempestade é apontada como uma das últimas de Shakespeare, tendo sido escrita em 1611 e ido aos palcos pela primeira vez nesse mesmo ano. A peça está dividida em três partes e reflete bem a sagacidade do dramaturgo ao apresentar desde então aquilo que configuraria o sistema colonialista europeu...
A história apresenta então um duque de Milão, chamado Próspero, possuidor de uma grande biblioteca e estudioso da magia. Após ser usurpado do ducado por seu irmão, Antônio, com a ajuda do rei de Nápoles, Alonso, Próspero e sua filha Miranda são lançados ao mar, indo parar numa ilha. Lá, vivem apenas uma bruxa, que foi morta pela magia de Próspero, e o filho da bruxa, um monstro chamado Calibã, que se torna escravo de Próspero e aprende sua língua. A partir disso, começam os enfrentamentos e paralelos entre o habitante da ilha e o europeu, o que todo sistema colonial viria trazer à tona, dando mais vigor ainda à peça shakespereana...
Um dos pontos marcantes da comédia se dá quando, após uma viagem à África para ceder sua filha a um rei, Alonso retorna à Nápoles com o seu filho, o príncipe Fernando, Antônio (o usurpador) e outras figuras da nobreza, acabam naufragando diante de uma tempestade provocada por Próspero. Sendo levados então até à ilha onde está Próspero, desenrola-se enfim toda vingança de Próspero... Em meio a esse confronto entre os nobres italianos, a obra traz também traz o romance entre o filho do rei de Nápoles com Miranda, filha de Próspero, além de ser um texto rico em simbolismo e arquétipos que Shakespeare tão bem desenvolveu ao longo de sua obra, ao refletir a essência da criatura humana. Ou seja, perpassando o drama e a comédia, A tempestade é uma das obras-primas do dramaturgo inglês e tem como tema fundamental e preferido de Shaskespeare o poder e tudo o que os homens são capazes de fazer para tê-lo a favor de seus interesses mais sórdidos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário